terça-feira, 10 de agosto de 2010

Que Possamor Ser Duros!

Sejam Duros!


Sejam duros! Eis a lei que a ilusão do conforto e a fé demasiada nos fez esquecer. Lei que até o animal mais pequeno apreende no primeiro contato com as adversidades do mundo. Parece-me que todas as síndromes piscológicas que marca o nosso tempo advém do esquecimento dessa lei. Nossas camas macias nos fez desamprender a lidar com os maus sonos. A magia da televisão, que se define pela a possibilidade de levar-nos a experimentações do mundo sem seus riscos característicos, e sendo assim, nem uma experimentação de fato, desviam o nosso olhar da imagem pouco novelesca que se mostra no abrir da janela. A ciência ainda nos ilude quanto ao nosso lugar no Cosmos. Diante disso acreditamos que o universo e o mundo com as suas leis duras e desumanas, existem para servir os nossos caprichos e nos chateamos muito porque choveu hoje. A fé demasiada que insiste em se iludir que as coisas que compõem o mundo nunca irão nos sorrir, tais como: dor, doença, morte, tristeza, frustações, injustiças, Nãos, traições, ou seja, tudo o que há e que o nosso capricho egocêntrico diz que não existe só para nós.
Sejam Duros é o que a realidade inconteste do mundo e do universo nos quer lembrar. São os nossos caprichos e a demasiada importância que nos damos diante da insensibilidade absoluta do universo que gera toda a espécia de síndromes. Pensemos na síndrome do pânico, o medo paralisante diante da violência do mundo. Penso que só se ilude com a não-violência do mundo quem nunca olhou para a lei de sobrevivência que cria e destrói o tempo todo, as formigas deviam ser nossos terapêutas. Por fim, ser duro é o pedido afirmativo, um esforço poético e alegre do Amor Fati Nietzscheano. Sim, eis a vida meus amigos: esse desconforto e conforto, essa dor e alívio, essa brisa e tempestade, esse abraço e esse tapa, esse riso e essa lágrima, essa chuva e essa tempestade, esse verde e essa seca, esse mar e esse deserto, essa luz e trevas, esse imenso universo e a nossa mesquinha vontade. Se ao menos tivéssemos o olhar histórico-biográfico sobre nossas mazelas, não nos levaríamos tão a sério, pois quantas vezes já nos dizemos que não suportaríamos mais e aqui estamos. Digo sim a vida e sorrio a alegria da dor que me assola,pois os mortos não sentem dor!


Alegria. Alegria!

2 comentários:

Sergio disse...

Este seu texto é simplesmente FODA; além de ser uma grande verdade!

Unknown disse...

Parabéns
Texto de ótima qualidade e sabedoria.