quinta-feira, 20 de novembro de 2008



O Maior Gigante da Alma

Estava eu esperarando minha condução no ponto do Jardim Novo, se não estou enganado, eu iria para o Colégio Pedro Segundo quando uma conversa entre Neto e Avo me chamou a atenção. Eles comentavam algo sobre o desreipeito das empresas de onibus e seus motoristas em relação aos estudantes ou coisa parecida. Parece-me ainda hoje que os dois já estavam bastante tempo no ponto. No meio das reclamações do Vô para o seu Neto, eu começo a participar de tal, discurssão. Até que o menino enfim, entra no onibus e eu e o seu Vô continuamos nossa conversa. Agora não mais os motoristas e suas práticas ilegais estavam no centro de nosso debate e sim falávamos sobre o Ensino Nacional, até que chegamos ao Grande Gigante da Alma humana. Passamos por Sócrates, Platão e outros.
Os assuntos se deram a nós numa velocidade e complexidade imprecionante. Apesar da diferença de idades érmos de Espírito parecido e tínhamos um vício em comum: a sede por conhecimento. Mas enfim, é sobre o Gigante da Alma que quero discurssar hoje.

O nosso primeiro candidato ao prêmio de Maior Gigante da Alma foi o Amor. O amor de fato é um grande Gigante, ele tem o poder de gerar as melhores sensações do Mundo mas também o de gerar quando não é correspondido as maiores desilusões da Existência. No amor o mundo se mostra a nós, mas doce, a chuva não traz gripe. O Sol doura mais não queima. A Lua é sempre Cheia, o céu anuviado é visto como prenúncio da Vida e os raios como o clarão que anuncia o refrão do coro das águas, trovões não trazem medo....ah no amor tudo é poesia....Mas quando o Amor não se dá como queríamos esse destroi a Alma e nos azeda a doçura do mel..alguns poderão agurmentar..mas esse o que causa desgraça não é o amor e sim o não-amor, pois não é o amor como deveria ser, assim sendo é um não-amor, ora, os efeitos da incorrespondência do amor será proporcional ao amor sentido pelo o não correspondido, ora a culpa é do Amor não correspendido e sua não correspeondência não o transforma em um não-amor e sim num amor não correspondido. O Amor sem dúvidas é um Gigante da Alma...Mas rapidamente vimos que as dores do amor são grandes mas não são eternas, sempre terminam na curva aonde um novo amor nos encontra...

Logo apareceu a nós o Medo. Aquele que tem o poder de paralisar-nos diante da vida. Aquele que tem a capacidade de anular a nossas ações e travar a nossa racionalidade. Aquele que cega grandemente, mas aquele que salva e alerta dante os perigos da Vida. O medo realmente é um grande inimigo se for desequilibrado...Mas ainda não sentimos Nesse Gigante nossas almas enfrentando um Gigante Maior...

O Ódio nos tomou de surpresa...este parecia o Grande Gigante...Odiar segundo alguém é tomar veneno esperando que o outro morra..os efeitos provocados na vida de um coração que odeia, são inefáveis e as vezes, irremediáveis...Mas Logo a Raiva do òdio dissipou-se em nós...e percemos que o ódio só está vigorando no coração de quem odeia...e queríamos algo que abrange a Todos....ora a possibilidade do Ódio se dá a todos os homens mas nem todos bebem seu cálice...deverá existir algo mais abrangente e cadeias mais inquebráveis nas mãos deste nosso Gigante....

Enfim como abra-cadabra, nosso Gigante se pôs de pé e ficamos perplexos diante do seu tamanho e poderio....Seu nome era Dever...Este é o maior Gigante da Alma Humana para nós, pobres mortais. O Dever destrói toda a ilusão de um liberdade plena, grande angustiador de um ser que é transcendetal. O Dever nos tole o ar, nos limita as possibilidades e nos torna previsíveis ao mundo. O Dever é o que te faz, negar-se a si mesmo e a sua Vontade. Ora quem nunca se viu coagido pelas a exigências do Dever? Muitos os desobedecem mas creiam que sua vingância sempre será a altura e não haverá quem dele passe ileso. O Dever corpotamental é que faz agente acordar as 4:00h da manhã para ir a um trabalho que odiamos. Ora antigamente, haveríamos chicotes como despertador..hoje não, hoje você acorda sem chicotes no máximo usa um despertador, o dever se melhora. É o Dever com as outras pessoas, que não fazem de você um “ porco” num restaurante, mesmo, você sentindo uma vontade imensa de peidar alto. O Dever nos obriga a sermos crués com o nosso corpo, nos cortarmos ( depilamos), faz a mulher se equilibrar em saltos imensos e de bico fino, faz mulheres se cortarem em prol de um corpo perfeito, obriga-nos o sorriso quando queremos é chorar, nos obriga a máscara do Vencedor quando nos sentimos os mais fracassados dos homens, nos obriga a paciência quando o que queríamos é dar vazão a raiva e a destruição. Ele nos obriga um controle ( muitas das vezes saudável e preciso) de nossos extintos e vontades, ...O Dever realmente abrange a Todos os Seres Humanos...e as vezes é bom ( como vacina a óleo que faz doer mas faz sarar), pois tole a nossa liberdade, sendo nos seres transcendentais em prol de várias convenções que mesmo sendo necessárias como a vacina o é, não podemos negar que mesmo fazendo bem tem um mal, mesmo curando primeiro causa dor e desconforto e sofrimento.

O Dever sempre que achamos que o ultrapassamos outros nos servem o seu veneno. Hoje não mais sou escravo do dever de agradar a qualquer preço a todos os homens, mas me trancafiei no dever de saber o que me agrada e de fugir dos “ falsos privilégios” que traz as imagens, as ilusões o ser artista, o se anular em prol do outro. Mesmo vendo em meu novo dever um dever mais nobre, sinto-me as grades deste...
Ninguém foge do Dever, até os mais pseudo-livrizinhos são enarcerados por suas grades. No entanto, tenho a impressão que existem deveres mais nobres, mas altos, exemplificando, creio que o Dever de ser fiel a sua cnsciência que produzirá um ser autêntico, não objeto de clonagem é um Dever mais difícil do que o dever de se fazer clone das consciências alheias e portanto, um Dever mais nobre. Corro atrás desses Deveres “Nobres”....

O Dever é o Maior Gigante da Alma Humana...o dever...Nem os Loucos deste ficaram plenamente Livres...