sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Meu Caminhar...


Palavras Chave: solidão, ócio, felicidade...

Se eu pudesse resumir o meu hoje, resumiria em três palavras: Solidão , Ócio e Felicidade.

Solidão pois é em sua companhia que tenho deleitado os meus maravilhos, recentes dias. Como diria a poeta: Eu sou Eu. Você é Você. Eis a Solidão....mas não a esta solidão que me refiro. E nem a solidão melancólica do estar só. Vivo a solidão, rodeado por amigos, familia e desconhecidos. Enfatizo: Não estou sozinho, vivo a solidão. Numa das mais emocionantes vigens que já fiz na minha vida. Aonde me encontro numa Floresta, com muitos perigos e bichos ferozes...fazendo o que? Sendo um inexperiente caçador de mim. E nessa viagem, não posso levar ninguém. Há momentos nela, que não posso contar a ninguém...Morrerei com meus segredos de viagens desse tipo...Viagens assim, requer tempo e dedicação total, pois, podemos nos perder nas nossas dezenas de personagens que criamos, objetivando nos recriar sempre um pouco mais amáveis e mais parecidos com o padrão de beleza, de cultura, de bom gosto, de santidade, de requinte e chiqueza que nos vendem a todos os momentos e assim as nossas necessidades psicológicas de veneração, serem todas preenchidas... (o que chama por aí de aprência., eu to buscando a tal da essência)... e nos clonanos a seres que não existem e fugimos do que somos... eta doce e amarga ilusão...Eis o por que que exige tempo, minuciosos cuidados e dedicação, tal tarefa...Um dos fatores principais que proporcionaram essa viagem, foi o ócio....creio profundamente que essa história que: o trabalho dignifica o homem, foi criado por alguém que nem trabalhar, trabalhava...e só a criara para tentar aumentar o desempenho de seus funcionários que sentinham-se não dignos com seu trabalho sórdido e humilhante (meio Marxista eu sei...)...mais isso são achismos, o importante foi que deslumbrei no ócio o tempo necessário para viajar pra dentro de meu ser e descobrir quem realmente sou e ter a certeza enfim, se me amo ou não...E sobre a tara do homem moderno com o ativismo, fico com Elsie Lessa:

“SOMOS UMA GERAÇÃO que perdeu o privilégio de não fazer nada, aquele doce não-fazer-nada que é a mansa hora de repouso, o embalo da rede na frescura de uma varanda, a quietude ensolarada de um pomar em que o sono da tarde nos pegou de repente, a hora de armar brinquedos para as crianças, das visitas que chegam sem se fazer anunciar, pois na certa estaremos em casa para uma conversa despreocupada e sem objetivo.Somos uma geração de homens e mulheres que saem demais de casa, para trabalhar ou para se divertir, e perde metade da vida indo ou vindo para não se sabe onde, fazendo fila para comprar, tomar condução ou assistir a um cinema. Perdemos o abençoado tempo de perder tempo, de não fazer nada, a única hora em que a gente se sente viver. O mais é canseira e aflição de espírito”

E nessa viagem proporcionada pelo o ócio que encontrei a tal felicidade. Busquei a Mim mesmo, Tornei-me quem de fato Sou e hoje tenho poucos amigos de fato, mas todos amam o que Sou e não as projeções do insconciente coletivo de ninguém...Hoje posso descansar no final da peça aonde não preciso mais representar nenhum papel no doce teatro da vida e é nessa hora que percebo que nem todos os aplausos foram para mim e sim para as personagens que representava dia após dia, por isso que nem tudo são flores... nessa busca por ser quem é, amigos se vão, amores partem, vantagens se desfarelam, mas tudo isso nem te pertencia de fato, pois, você nem era de fato Você e desses ai o Você de fato, foi liberto...A única coisa que podemos ser de fato nessa vida somos Nós mesmos, a única realidade que podemos conhecer é a nossa, a única coisa que possamos entender somos nós, e a única presença que nunca deveríamos abrir mão de estar deveria ser a nossa ...

Eu? O que achei? Qual são os adjetivos do que encontrei?

Você nunca entenderia, pois, Você não sou Eu..então seria tolice eu lhe contar...Mas veja em meus ólhos a Felicidade de quem se ama de fato, pois, se conhece e se reconhece nos meio dos vários EUS que se prontificam a nos servir...Vivo meus defeitos , minhas qualidades, meus sorrisos e lágrimas,minha coragem e fraqueza, minha altivez e lástima, minha calma e desepero, meu medo, meu medo... é vivo-os com a importância de serem únicos e de serem Meus...e nunca sou abatido com o julgamento de ninguém, pois, pouco sabem sobre mim!

Se esquercereis de todo o texto, fique só com estas duas frases:

Absolvei-vos a vós mesmos e haveis de ter o sufrágio do mundo

Torna-te quem tu és!!

Ser Você, é Ser a única coisa que VocÊ pode ser, pois, tudo que foge disso é correr atrás do vento, é vaidade, é cansaço, é disperdício de tempo, é morte, é aparência...Por isso a mesma solidão que mata milhões no mundo é a que hoje me faz feliz...não percebem que não conseguem estar só, pois não conseguem se amar e só não se amam por que não se conhecem? Agusto Cury diz que quando o Mundo nos deixa só, essa solidão é totalmente suportável, mas quando nos abondonamos, daí fica insuportável...é isso que ensinam por aí, o abondono do Eu em detrimentos das clonagens superficiais de seres digitais que nos apresentam a todo o instante...

Viagei em Mim, Caçei-me, achei-me e amei com toda a força o que encontrei, eis a única viagem disponível ao Homem ...Jonathan